domingo, 7 de dezembro de 2008

Never miss a beat revisitado

Olá a todos! Eu sou a Ana Teresa, e ja vai sendo tempo de vos deixar o meu primeiro post aqui. Inspirada post da Mandy e pelo nick da ADEK, decidi começar por comentar o mais recente single dos Kaiser Chiefs, Never miss a beat, uma canção do seu terceiro álbum Off with their heads, em que nota que a banda continua o espírito critico aguçado dos dois albums anteriores (Employment e Yours truly angry mob).

“Never miss a beat”

What did you learn today?
I learned nothing
What did you do today?
I did nothing
What did you learn at school?
I didn't go
Why didn't you go to school?
I don't know

It's cool to know nothing
It's cool to know nothing

Television's on the blink
There's nothing on it
I really want to really big coat
With words on it
What do you want for tea?
I want crisps
Why didn't you join the team?
I just didn't

It's cool to know nothing
It's cool to know nothing

Take a look, take a look, take a look
At the kids on the street
No they never miss a beat
No they never miss a beat
Never miss a beat
Never miss a beat, beat, beat, beat

Here comes the referee
The light's flashing
Best bit of the day
Now that's living
Why don't you run away?
Are you kidding?
What is the golden rule?
You say nothing

It's cool to know nothing
It's cool to know nothing

Take a look, take a look, take a look
At the kids on the street
No they never miss a beat
No they never miss a beat
Never miss a beat
Never miss a beat, beat, beat, beat

Se o caso não fosse tão serio, seria hilariante. Não é preciso esforçarmo-nos muito para constatar que a canção descreve a mentalidade de muitas pessoas jovens hoje em dia. Mentalidade que acaba por valorizar a ignorância (It’s cool to know nothing) e desprezar a cultura e o conhecimento, concentrando a sua atenção em futilidades. Encontramo-los preocupados em seguir a moda ditada pela televisão, seguindo padrões definidos de um modo rígido, como que criando grupos de pessoas sem identidade própria a não ser protótipo fechado e acéfalo de determinado grupo. Pessoas a quem a escola diz muito pouco senão como meio de socializar ou de passar o tempo, que vivem para o presente e o futuro imediato, sem nenhum projecto de vida, e que vivem com uma ideia (que a escola a própria sociedade acabam muitas vezes por reforçar) de total desresponsabilização e completa impunidade perante a autoridade e a ordem social, esperando que tudo lhes seja conseguido sem terem que fazer muito por isso, nunca tendo de se preocupar com as consequências do que fazem. Pergunto-me que capacidade terão estas pessoas de um dia saírem do seu casulo e enfrentarem as responsabilidades de uma vida adulta, sem adoptarem um objectivo a longo prazo, e sem construírem a sua própria visão do mundo, tendo em mente algo mais que o aqui e o agora. E tal mais que tudo isso sem compreenderem que os seus actos têm consequências e que no mundo real nada é adquirido sem esforço.

1 comentário:

  1. Ainda ontem comentava com alguém a pseudo-falta de sentido das letras deles; o non sense associado à genialidade pink floyd-like... (Muitas vezes, ao ouvir esta música - que adoro, by the way - dou por mim a cantarolar mentalmente "Hey...teacher...leave the kids alone"...)

    Isto sem falar no ritmo... Oh god! É impossível não dançar (ou pelo menos abanar a cabeça) compassadamente. Experimentem! E dêm por vocês a não conseguir tirar a música da cabeça... Ou talvez seja só eu!

    (Ana Teresa, benvinda ao nosso cantinho:P Já cá faltava um post teu, sem dúvida!)

    *

    ResponderEliminar