domingo, 24 de julho de 2005

Garden State (e outros, mas pronto...)


Ora, em altura em que as férias são mesmo assumidas e são precisos aqueles dois/três dias para pôr o descanso em dia, decidi ir ao videoclub abastecer-me e passar o dia de ontem e hoje a actualizar-me nas novidades que fui perdendo ao longo destas semanas de estudo intenso...

Aluguei um belo filmezinho da tanga que já nem do nome me lembro ( e mesmo que lembrasse provavelmente iria tr vergonha de admitir aqui em pleno blog que tinha visto), "Open Water", "Garden State" e "Closer". Vou aproveitar para falar um bocadito daquele que mais me marcou (até escrevia sobre todos - todos menos o tal degradante que nem o nome me lembro, porque a única coisa que poderia escrever sobre esse seria "arrependi-me profundamente do dinheiro que dei por aquilo") mas a hora de ir para a caminha aproxima-se, e o sono já aperta.

Então: Garden State... Andrew Largeman é um jovem adulto que abandonou a sua cidade natal aos 16, por conselho do pai (psiquiatra) que considerava o seu desenvolvimento incorrecto num meio que lhe causara tanta mágoa e trauma. Em Los Angeles conseguiu espreitar o mundo da televisão (interpretando quase sempre personagens de deficiente mental) e arranjava empregos temporários que não o satisfaziam minimamente enquanto sonhador frustrado. Recusava-se a atender os telefonemas do pai, até ao dia em que recebeu a notícia da morte da mãe (era paraplégica, e tinha-se afogado num acidente durante o banho). É a ocasião ideal para Largeman voltar às suas origens e enfrentar fantasmas do passado...

Não chora há anos, e nem no funeral da mãe consegue verter uma lágrima sequer... Ali encontra amigos antigos (que trabalham como coveiros no cemitério judeu) que o convidam para uma festa que decorrerá nessa noite. Andrew aparece, mas apenas para se aperceber como a vida o deslocou do comportamento louco dos adolescentes seus amigos. No entanto, ninguém o põe de parte, e apenas o espectador e o próprio Andrew notam que aquele não é realmente o seu mundo, apesar de ele tentar ao máximo divertir-se lá.

Andrew tenta conversar calmamente com o pai, enta enquadrar-se na sua terra, mas o facto de ter vindo sem os seus inseparáveis medicamentos para o pânico e depressão, começa a atormentá-lo cada vez mais, e as dores de cabeça persistentes fazem-no consultar o médico local. Na sala de espera para a consulta, conhece Sam, uma jovem alegre, simples e com um coração grande que o enche de perguntas joviais que aborrecem um pouco o rapaz. No entanto, algo na rapariga capta a sua atenção e, mais tarde, quando a volta a encontrar, repara que a sua espontaneidade o hipnotiza. No entanto, Sam também é uma pessoa complexa, que não hesita em lançar algumas pequenas mentiras (para algum tempo depois não aguentar e admitir que mentiu), uma rapariga talentosa que viu várias oportunidades escaparem devido à sua epilepsia. Ambos partilham histórias do passado que vão abrindo cada vez mais o véu sobre cada uma das personagens, e logicamente o amor entre elas vai surgindo. Mas Andrew estava apenas na cidade para se encontrar a si próprio, á família, à própria vida e ao perdão que necessitava do seu pai e de si mesmo. Quando conseguiu perdoar-se a si próprio, achou que era altura de partir para a vida que deixara momentaneamente em Los Angeles.

Mas Sam não compreendia por que tinha ele que partir... Por que razão tinham que pôr um ponto final numa relação tão pura e genuína. No entanto, Andrew explicou que não era um ponto final, mas sim uma elipse. Ora bem, neste ponto fiquei um bocado a pensar naquilo... Uma elipse... O que quer que isso queira dizer, é bonito: uma elipse em vez de um ponto final... Quem ache o contrário é insensível ( e eu não sou insensível, não sou não!!:P). E se querem descobrir como acaba, vejam o filme. Mas é previsível, não é?

É um filme um pouco fora do nomal, ao jeito de "Eternal Sunshine of the Spotless Mind" (bem...não tão estranho assim!) mas que na minha opinião vale a pena:)

E pronto, é assim, mais uma vez Natalie Portman a surpreender:) E eu vou-vos surpreender agora, também: bye, até à próxima (sim, vou acabar o post porque: tenho dito!)

Darko kisses****:)

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