Welcome, Pedro & Bianca!

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"Já temos criança"-acabei eu de dizer ao meu colega João...Não, não tive um filho, mas sinto-me quase tão realizada como se tivesse tido! Vamos ao início desta história para perceberem melhor...

Era uma vez...a cadeira de Pediatria. É-nos pedido um trabalho de campo em que supostamente deveremos acompanhar uma criança desde o seu nascimento, até à consulta do seu primeiro mês. Será suposto andarmos colados a ela e desistirmos do curso durante 30 dias para mudar fraldas e fazer biberões? Esperamos que não, porque a nossa interpretação de alunos práticos e eficientes que somos é: vemos o parto, e fazemos um relatório parecido (parecido=cópia integral) do ano passado, só com os dados da nossa criança. Posto isto só precisamos do parto...

Lá vou eu e o João, todos contentes para o Hospital Amadora Sintra (ah-e-tal-isto-é-tão-perto-que-nem-me-importava-de-vir-para-cá-todos-os-dias-ah-mas-talvez-seja-melhor-não-porque-apesar-de-tudo-o-Santa-Maria-ainda-é-mais-perto) e deixaram-nos entrar no parque de estacionamento sem grandes perguntas (novidade para nós!). Depois de nos sentirmos perdidos algumas vezes,lá conseguimos dar com o dito cujo do Bloco de Partos. Falámos com algumas senhoras grávidas, auxiliares, enfermeiros, médicos, colegas do 6º ano, mas aparentemente a palavra final de permissão para assistirmos a um parto (sim, é um trabalho da faculdade, mas ninguém estava à nossa espera...pormenores!) era da chefe de serviço. Algum tempo depois lá apareceu ela ("sim, sim, podem ver, venham cá comigo que temos duas senhoras prestes a terem o filho, escolham lá uma") e assim nos despachou... Ana e João perdidos: "O que é que temos de perguntar?" Lá nos resolvemos, e colhemos a história da senhora e da pequena Bianca que não tardaria a ver o mundo pela primeira vez. Ela queixava-se de dores, e o nosso estômago começava a queixar-se de fome...

Esperámos algum tempo, lemos o dossier da senhora, e bebé, nada! Os médicos foram almoçar, e nós pensámos: porque não? Pérguntámos à chefe de serviço, e por razões que mais tarde perceberão vou escrever aqui o diálogo exacto:

"-Ainda nada...
-Pois...
-Sabe-nos dizer a que horas será, mais ou menos?
-Ahhh!! Claro que não, isto é imprevisível!
-Mas...errrr..ainda temos tempo de ir comer qualquer coisa lá abaixo?
-Ahhh!!! Claro! Vão, vão..."

Hmmmm...Lá fomos nós almoçar uma sandes de hospital e, quando voltámos: tragédia... Já as duas tinham tido os filhos!! Nããããããããoooooooooooooooooo! Lá se tinha ido a nossa história. Ficámos desolados, ouvimos um discurso enorme de um enfermeiro bastante simpático que nos falou nos estágios no tempo dele, e nos disse que naquele serviço era tudo imprevisível e que não deviamos ter saído dali... (percebem agora porque pus na íntegra a conversa com a médica?? Ela disse que podíamos, "claro"!!).

Lá deambulámos pelo serviço mais um bocado, decididos a não perder mais nada... Contámos com cara tristinha a uma das grávidas que não tinhamos conseguido ver o parto, e ela disse a rir-se "Vejam lá agora não vão lanchar!":P

Finalmente lá conseguimos arranjar um parto a acontecer (íamos perdendo esse também, porque entretanto a mãe que tinhamos acompanhado teve uma complicação pós parto, e ficámos a ver os preparativos para o procedimento. Obrigada, Destino, por não nos teres deixado perder mais um!:P)

Foi um parto simples, rapidinho, mas TÃO emotivo!! Dilatação, sangue, dor, gemidos, gritos... e depois ver aquela coisinha pequenina, enrugada e roxa sair dos genitais da mãe (deve ser a única situação em que qualquer mulher não se preocupa em expôr as suas partes mais íntimas diante de seja quem for...está mais preocupada com o que se vai passar a seguir!) foi algo de genial, fenomenal, LINDO! Também quero um bebé para mim:P (medo...:P)

Era o Pedro...:)

O pai não quis assistir ao parto, assistimos nós! Women power!!:D Lindo:D

Agora só falta mesmo a parte do relatório:X

X.O.X.O.

Ana, a pessoa mais babada pelo Pedro e a Bianca a seguir aos pais... Para o ano temos que comemorar as festas de aniversário deles!!

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